A anemia em crianças é um problema bastante comum e que precisa ser observado por pais e cuidadores com muita atenção. De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% das crianças com menos de 5 anos do planeta têm anemia.
Este é um dado bastante preocupante, não é mesmo? Aqui no Brasil, uma a cada cinco crianças de 6 meses a 2 anos tem anemia ferropriva, segundo o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani).
Neste artigo você vai ver:
O que a anemia infantil pode causar?
Quais os sintomas de anemia em crianças mais comuns?
Quando é considerada anemia em criança?
Quais os tipos de anemia em criança?
Quando é que a anemia é grave?
Para prevenir a doença e garantir um desenvolvimento saudável dos bebês, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda a suplementação de ferro na forma de medicamento para todas as crianças dentro dessa faixa etária.
Mas, além da suplementação, é importante ficar atento aos sintomas mais comuns da anemia para buscar tratamento adequado sempre que necessário. Neste artigo, vamos falar de forma mais detalhada sobre a anemia em crianças.
Continue até o final e boa leitura!
O que a anemia infantil pode causar?
Como explicamos, a anemia em crianças precisa ser acompanhada atentamente pelos pais e pelos pediatras para evitar complicações e outras doenças. Em muitos casos, ela é tratada com o uso de suplementos específicos, reposição de ferro ou de outras vitaminas e uma alimentação adequada.
Vale destacar que, além dos sintomas físicos, a anemia em crianças também pode ser prejudicial para o rendimento escolar, para a imunidade e para o desenvolvimento infantil como um todo.
Quais os sintomas de anemia em crianças mais comuns?
1) Cansaço e Fraqueza:
Crianças com anemia podem se sentir frequentemente cansadas, fracas e com falta de energia, o que pode afetar sua capacidade de brincar, participar de atividades escolares e outras atividades diárias.
2) Dificuldades de Concentração:
A anemia pode impactar a capacidade de concentração e a função cognitiva, levando a dificuldades no aprendizado e no desempenho escolar da criança..
3) Palidez:
A anemia em crianças faz com que a pele e as mucosas possam parecer mais pálidas do que o normal, devido à redução na quantidade de hemoglobina no sangue.
4) Irritabilidade:
Crianças com anemia podem ficar mais irritadas ou chorosas devido ao desconforto e à falta de energia causadas pela doença.
5) Desenvolvimento atrasado:
Em casos graves, a anemia em crianças pode interferir no crescimento e no desenvolvimento físico e mental.
6) Sistema Imunológico Comprometido:
A anemia pode enfraquecer o sistema imunológico, tornando a criança mais suscetível a infecções.
7) Complicações Cardiovasculares:
Em casos graves e prolongados, a anemia pode causar problemas cardíacos, como insuficiência cardíaca, devido ao esforço adicional que o coração precisa fazer para bombear sangue com oxigênio suficiente.
8) Desnutrição:
A anemia pode estar associada a deficiências nutricionais, o que pode levar a outros problemas de saúde, especialmente se a causa for uma dieta inadequada ou má absorção de nutrientes.
Quando é considerada anemia em criança?
A anemia em crianças é diagnosticada por meio de exames de sangue. Geralmente, os médicos solicitam um hemograma completo para avaliar as taxas da criança em um primeiro momento.
Com base em níveis reduzidos de hemoglobina ou hematócrito no sangue, que variam conforme a idade, o profissional poderá pedir exames complementares.
Os critérios gerais para diagnóstico de anemia em crianças nos exames de sangue são:
Recém-nascidos (0-1 mês): Hemoglobina abaixo de 14 g/dL.
Lactentes (1-6 meses): Hemoglobina abaixo de 11 g/dL.
Crianças de 6 meses a 5 anos: Hemoglobina abaixo de 11 g/dL.
Crianças de 5 a 12 anos: Hemoglobina abaixo de 11,5 g/dL.
Adolescentes (12-18 anos): Hemoglobina abaixo de 12 g/dL para meninas e 13 g/dL para meninos.
Esses valores podem variar ligeiramente dependendo das diretrizes locais e da metodologia dos testes. É importante que o diagnóstico e o tratamento sejam realizados pelo pediatra que acompanha a criança.
Com base no histórico de atendimento, o profissional de saúde poderá avaliar os sintomas, o histórico médico e realizar exames complementares para determinar a causa subjacente da anemia e a melhor abordagem para tratamento.
Quais os tipos de anemia em criança?
A anemia ferropriva é o tipo mais comum de anemia em crianças e resulta da deficiência de ferro, essencial para a produção de hemoglobina, que transporta oxigênio no sangue. Essa condição frequentemente decorre de dietas inadequadas, perda de sangue ou problemas de absorção de ferro.
Outro tipo prevalente é a anemia megaloblástica, causada por deficiências de vitamina B12 ou folato, que são cruciais para a formação adequada dos glóbulos vermelhos.
A deficiência de vitamina B12 pode ocorrer em dietas restritivas ou problemas gastrointestinais, enquanto a falta de folato pode estar relacionada a dietas insuficientes ou condições médicas.
Além disso, condições genéticas como a anemia falciforme e a talassemia também são significativas. A anemia falciforme, causada por uma mutação genética que altera a forma dos glóbulos vermelhos, pode levar a episódios de dor e complicações graves.
Já a talassemia, outra anemia hereditária, afeta a produção de hemoglobina e pode causar anemia de moderada a grave, dependendo da forma e gravidade da doença. Esses tipos de anemia exigem tratamentos especializados e acompanhamento contínuo para gerenciar os sintomas e prevenir complicações.
Quando é que a anemia é grave?
Como foi dito, a anemia em criança pode acontecer por fatores genéticos, perda de sangue ou dieta inadequada. De modo geral, a anemia é considerada grave quando a hemoglobina está abaixo de 7 g/dL.
Nesses casos, é fundamental tratar o problema rapidamente para evitar complicações mais severas no desenvolvimento infantil.
Vale lembrar que, em casos graves, o médico poderá encaminhar a criança para transfusão de sangue ou até mesmo suplementação de ferro na veia. A gravidade da anemia em crianças pode levar a problemas cardíacos, atrasos significativos no desenvolvimento, problemas relacionados à falta de imunidade e até mesmo complicações em cirurgias.
Como foi dito, a identificação precoce e o tratamento adequado da anemia em crianças são essenciais para evitar que essas complicações atrapalhem a qualidade de vida da criança.
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